Desmembrado de Nova Venécia no dia 01 de julho de 1990, o então distrito de Córrego Grande virou cidade através de um plebiscito
Por Cléber Sabino - Ascom-PMVP
E-mail: comunicacao@vilapavao.es.gov.br, tel: (27) 99962-1857
O município de Vila Pavão completa 31 anos de emancipação política. Desmembrado de Nova Venécia no dia 01 de julho de 1990, o então distrito de Córrego Grande virou cidade através de um plebiscito. A primeira eleição municipal aconteceu em 03 de outubro de 1992.
A cidade é cortada pela ES 220 que faz a ligação da região central do país com as praias do litoral norte capixaba. Seu extraordinário paisagismo natural com magníficas formações rochosas, a Igrejona com sua enorme torre, o clima bucólico das propriedades rurais ao longo da rodovia, os resquícios de Mata Atlântica, entre outras características, de imediato chamam a atenção de transeuntes e visitantes.
Fazer festa, a pandemia não permite, mas Vila Pavão tem muito a comemorar. E já que estamos falando de pandemia é oportuno lembrar que a cidade está conseguindo controlar a Covid-19. Está há quase três meses sem registrar óbito pela doença.
Vila Pavão é um dos menores municípios capixabas, no entanto, a sua estrutura agrária e cultural o colocam em lugar de destaque no Estado do Espírito Santo e até do Brasil.
O município se destaca também na Educação com uma das melhores avaliações no ensino do Estado do Espírito Santo, segundo levantamentos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/INEP, através do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica/IDEB.
A força motriz da economia local é a agricultura com um parque cafeeiro em franca expansão. A pecuária, a fruticultura e o extrativismo mineral também colaboram com o processo de desenvolvimento, impulsionando o comércio e gerando emprego e renda para a população.
Nesses 31 anos muitas coisas mudaram. A cidade cresceu e se desenvolveu em muitos aspectos, porém, não perdeu o foco nas bandeiras que impulsionaram a sua emancipação, pelo contrário, a luta por uma identidade cultural própria, a preservação ambiental e a valorização da agricultura familiar é constante.
Ao comentar a data, o prefeito Uelikson Boone, o Bolinha, disse que a emancipação possibilitou uma discussão mais localizada, com foco, num projeto de desenvolvimento local sustentável, conferindo a cada cidadão pavoense um sentimento de pertença maior, um envolvimento espontâneo na vida ativa do município e um amor incondicional à terra.
" Tive a honra de acompanhar o movimento de emancipação política, na época como estudante e membro do Grêmio Estudantil do CIER. A emancipação nos trouxe autonomia mas também aumentou nossas responsabilidades enquanto lideranças políticas. Me sinto muito honrado por estar como prefeito, dando minha contribuição por esse período de tempo que a população me outorgou" disse.
O prefeito prosseguiu afirmando o seu compromisso de coordenar com afinco o projeto traçado para os próximos anos, deixando claro que irá valorizar cada ideia, cada cidadão na sua singularidade, cada segmento da sociedade civil organizada com muito empenho, dedicação e amor.
Para o sociólogo e historiador, Jorge Kuster Jacob, atual secretário de Educação do município, a palavra emancipação política tem vários significados, um deles é ocupar um lugar na história e no caso de Vila Pavão, isso foi inevitável.
O historiador recorda que bem antes do desmembramento, o território que agora é chamado de Vila Pavão já se destacava no cenário regional. "Apesar de termos perdido cerca de 40% da nossa população para estados do norte do país, especialmente Rondônia nos anos 70, tínhamos uma estrutura econômica que garantia nossa subsistência, além disso, éramos conhecidos por nossa diversidade étnico-cultural, culinária e uma estrutura agrária pungente composta por agricultores familiares, e isso foi determinante para o processo de conscientização e emancipação política", pontuou.
Lógico que depois surgiram diversas outras manifestações culturais, especialmente, dos três povos predominantes, o pomerano, o italiano e africano que foram ocupando seus espaços na música, dança, nas tradições ancestrais como os casamentos tradicionais pomeranos, a culinária e arquitetura típica, e finalmente a Pomitafro que é uma tradução da alma do povo pavoense - acrescentou o historiador.
A secretária de Cultura e Turismo, Libian Timm Paganoto Rossim analisa que o processo de emancipação político administrativa do município, aconteceu paralelamente ao surgimento do movimento cultural Pomitafro.
Segundo ela, essas duas ações possibilitaram o reencontro da comunidade com suas origens e possibilitaram a construção da identidade cultural e social pavoense tal como a conhecemos hoje. "O resgate do orgulho de suas origens fossem elas pomerana, italiana, afro-brasileira ou qualquer outra por meio de um intenso movimento cultural associado a todas as ações que envolvem o surgimento de um novo município promoveu uma onda de crescimento social, cultural e econômico sem precedentes para toda comunidade de Vila Pavão", afirma
Vila Pavão está localizado a 268 km de Vitória, 29 km de Nova Venécia e 48 km de Barra de São Francisco. A área do seu território é de 435 km2. Conta com a sede onde está localizada a Prefeitura Municipal, os distritos de Praça Rica e Todos Santos e os patrimônios de Todos os Anjos e Conceição do XV que juntos concentram as principais aglomerações urbanas.
Além da linda paisagem natural, o aspecto hidrográfico chama a atenção com centenas de córregos, e ainda os rios XV de Novembro e Cricaré que proporcionam a formação de cachoeiras, lagos e represas e também delimitam a área geográfica do município.